quinta-feira, dezembro 20, 2012

White wine in the sun


Naquele ano (que já pode ficar no passado, porque já é Natal e então já vai acabar) muitas coisas morreram: uma avó. Um grande amor. Um filho que nem veio. Outra avó! Um gato encontrado na estrada. Uma árvore da felicidade.

E então, a cada pouco se podia ver pelas ruas da cidade uma menina dirigindo e chorando litros ao som dessa música. Uma música que fala sobre celebrar a vida bebendo vinho branco ao sol, a despeito de toda distância, ausência e incompreensão. Uma música sobre as pessoas que - vivas ou mortas - te fazem sentir segurança nesse mundo selvagem. E olhando com cuidado, se via que o choro não era só de tristeza, mas também (e principalmente) de grande alívio.

E do outro lado, algumas coisas nasceram: um vôo fantástico pelo oceano. O sobrinho mais fofo do universo. Uma nova amizade. Lentes novas para olhar o mundo.

A música ainda faz chorar, mas sem dor. Porque como bem disse Alice e o velho Itamar, "a cada mil lágrimas sai um milagre". Verdade!




(a música fica ainda mais bela quando você conhece a obra de Tim Minchin e entende que esta é uma exceção, um momento de trégua num coração cheio de sarcasmo. recomendo!!)

Um comentário:

Sustenido disse...

Ciclos, ciclos e um eterno recomeço!
Me apetece o vinho, as lágrimas e o amor! bjs